Secretário reforça pedido de desculpas por vazamento de dados e associações pedem reparação às vítimas

 

Secretário reforça pedido de desculpas por vazamento de dados e associações pedem reparação às vítimas

O secretário de Mobilidade Urbana de Feira de Santana, Sérgio Carneiro, foi até a Câmara de Vereadores de Feira de Santana para se pronunciar sobre a publicação, no Diário Oficial do município, de nomes de pessoas vivendo com HIV. Ele destacou que reconhece o erro e reforçou seu compromisso em buscar uma solução pela via judicial, pedindo que o debate não se restrinja a ataques pessoais.

“As manifestações populares são importantes, mas onde vamos obter resultados não é xingando o secretário nas redes nem pedindo a cabeça de alguém que, em muitos momentos, foi aliado dessas pessoas”, afirmou. “Em qualquer fase do processo, antes do trânsito em julgado, as partes podem chegar a um acordo. O caminho objetivo é esse.”

Ele disse que tem recebido ofensas desde a divulgação do caso, mas que prefere transformar o episódio em aprendizado.

“Gostaria, ao invés de ver ataques a mim e à minha família, que visse proposições sérias, diagnósticos e caminhos para a solução. Me xingar não vai trazer o passe livre de volta”, declarou.

“Já pedi desculpas mil vezes publicamente e seguirei pedindo a qualquer pessoa que eu tenha ferido.”

Ele também afirmou que assume a responsabilidade integral pela publicação.

“Poderíamos ter errado duas, três, quatro pessoas. Errar é humano. Não me interessa transferir responsabilidade”, frisou.

Associação pede amparo às vítimas

A presidente da Associação dos Familiares e Amigos de Pessoas Vivendo com HIV-Aids de Feira de Santana, Josefa Farias, destacou a necessidade de cuidado emocional com as pessoas expostas.

“Houve um erro, mas quem sou eu para condenar? Eu espero uma melhoria, um olhar de amor, de respeito, de compreensão. Precisamos curar primeiro o emocional para que depois a justiça se faça”, disse.

Josefa relatou a preocupação com o impacto psicológico nos pacientes.

“Meu maior medo é que uma dessas pessoas cometa suicídio. Elas estão sofrendo represália da sociedade. Até agora, não houve apoio da prefeitura. O acolhimento tem que ser hoje, não amanhã”, cobrou.

A representante da associação informou que se reunirá com pacientes e levará as demandas à próxima reunião marcada para 2 de outubro, buscando garantir reparação não apenas judicial, mas também humana e emocional.

*Com informações da repórter Isabel Bomfim

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