Mandetta pode perder apoio de militares após tom em entrevista


Mandetta pode perder apoio de militares após tom em entrevista



Os militares que sustentavam a permanência do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estão insatisfeitos com o tom utilizado pelo auxiliar da Presidência em entrevista ao Fantástico no último domingo (12). O médico chegou a dizer que o brasileiro não sabe a quem escutar diante da pandemia do novo coronavírus: se o Ministério da Saúde, que recomenda o distanciamento social, ou o presidente Jair Bolsonaro, que defende mais flexibilização das medidas restritivas.

De acordo com a Folha de S.Paulo, os generais que auxiliam Bolsonaro viram a declaração como um confronto desnecessário do ministro. A desobediência à hierarquia do cargo, inclusive, pode ter reacendido uma crise que já havia sido contornada.

Na última segunda-feira (6), foi revelado por auxiliares do Planalto que Bolsonaro exoneraria Mandetta do cargo. A decisão não foi concretizada, segundo informações de bastidores, porque os militares agiram em favor de Mandetta.

Depois da entrevista de domingo, a avaliação do Planalto é que o ministro da Saúde desprezou o esforço dos militares. A preocupação dele nesse momento seria apenas com sua imagem pública, motivada pelo interesse de se candidatar ao governo do Mato Grosso do Sul em 2022.

Segundo informações da Folha, Bolsonaro assistiu à entrevista de Mandetta no Palácio da Alvorada e minimizou as declarações de Mandetta. Nesta segunda (13), quando foi questionado por jornalistas se sabia do teor da entrevista, Bolsonaro disse que não assiste à Rede Globo.
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