Fui usada como objeto de prazer durante delírios’, diz Sandra sobre sexo com ex-mendigo




 Nesta quarta-feira (27), a comerciante Sandra Mara Fernandes, mulher que fez sexo com o ex-morador de Rua, Givaldo Alves, usou as redes sociais para fazer um longo desabafo sobre como se sente com a repercussão do que aconteceu. 

Ela agradeceu o apoio das pessoas que a defenderam, e disse que passou por dias difíceis. “Venho através dessa postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições. Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.” 

Ela lamentou ter sido vítima de piadas, principalmente por outras mulheres, e ressaltou que não escolheu passar por tudo que passou. “Fui vítima de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promiscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu não escolhi ter um surto, eu não escolhi ter sido humilhada, eu não escolhi ter minha vida exposta e devastada! Então, na condição onde estive eu sei que tinha legitimo direito de ser defendida.” 

A comerciante também agradeceu o apoio do seu marido, o personal Eduardo Alves, e da sua família durante todo o processo de reabilitação. “Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta, meus irmãos e amigos, que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura. Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já não tinha domínio da minha própria vida.” 

Sandra afirmou ter sido usada como objeto de prazer durante surto psicótico, e que está buscando os seus direitos na Justiça. “Hoje eu busco na Justiça os meus direitos, pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações que confundiram minha mente e me colocaram num contexto nojento e sórdido. Sigo batalhando, um dia de cada vez para retomar a minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom!” 

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