Em entrevista ao De Olho na Cidade, o comandante do Comando Policiamento Regional Leste (CPR-L), coronel Muller, falou sobre uma vistoria nas guaritas e instalações do Conjunto Penal de Feira de Santana realizada nesta terça-feira (28, com o objetivo de avaliar as condições de trabalho dos policiais militares e a estrutura de segurança externa da unidade. A visita ocorre durante a transição de comando da Companhia Independente de Policiamento de Guardas, que passou do major Djomar para o major Capinan.
“Estivemos lá por conta da transição de comando para verificarmos pessoalmente a condição operativa da companhia e os meios disponíveis para aprimorar as atividades daquela unidade que cuida do policiamento de guardas de forma especializada”, afirmou o coronel Muller.
Durante a inspeção, o comandante destacou a importância de melhorias nas guaritas e reforçou que a Polícia Militar já estuda alternativas de engenharia para garantir maior segurança aos agentes e eficiência na vigilância externa.
“As guaritas atendem a um modelo que, do ponto de vista da engenharia, não corresponde mais às necessidades dos dias de hoje. Elas precisam de aprimoramento, e isso será reportado à instância superior para buscarmos alternativas que ofereçam condições mais adequadas para a operação de segurança pública”, explicou.
O coronel ressaltou, entretanto, que as observações feitas durante a vistoria não têm relação direta com a fuga recente registrada no dia 21 de outubro, quando três internos conseguiram escapar da unidade.
“Não há nenhuma correlação entre o que estamos verificando e a fuga que ocorreu. Seria precipitado fazer qualquer tipo de julgamento, já que o caso está sendo investigado pela Polícia Civil”, pontuou.
Coronel Muller afirmou ainda que o sistema de videomonitoramento externo do presídio está ativo, com câmeras instaladas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) no entorno da unidade, além do sistema interno operado pela Polícia Penal.
“O monitoramento externo existe, todas as câmeras estão funcionando, mas percebemos a necessidade de aprimoramento. Já orientei o major Capinan a elaborar um relatório nesse sentido”, disse.
Ele também mencionou que a Polícia Militar mantém rondas constantes e o Grupamento de Intervenção Rápida sempre de prontidão para reforçar a segurança no local.
“Há uma estrutura satisfatória no entorno da unidade, com viaturas em ronda e equipes disponíveis. É claro que sempre há o que evoluir, e essa é a nossa intenção”, completou o comandante.
Sobre os fugitivos, o coronel afirmou que as buscas continuam de forma permanente. “Estamos no encalço deles e acreditamos na captura, ou até mesmo na rendição espontânea, já que sabem que estão sendo monitorados. Contamos com a colaboração da população por meio do 181 ou do 190”, destacou.
A vistoria ocorre em meio à repercussão da ação civil pública movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), que pediu a interdição parcial do Conjunto Penal de Feira de Santana. A promotoria apontou superlotação e deficiências estruturais no funcionamento da unidade prisional, que atualmente abriga número de internos superior à sua capacidade.
“Essa fuga, obviamente, nos incomoda enquanto questão de segurança pública, mas a Polícia Militar segue atenta e atuante, buscando sempre a melhoria das condições de trabalho e da segurança de todos”, concluiu o coronel Muller.
*Com informações do repórter JP Miranda
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