“Ninguém pode ignorar isso”: Secretário de Saúde esclarece pendências e medidas de controle financeiro

 

“Ninguém pode ignorar isso”: Secretário de Saúde esclarece pendências e medidas de controle financeiro
Foto: Jorge Magalhães

O secretário de Saúde de Feira de Santana, Rodrigo Matos, concedeu uma entrevista ao programa De Olho na Cidade da Rádio Sociedade News, abordando as dificuldades encontradas na pasta e as ações para regularizar pendências financeiras, principalmente com os terceirizados.

“Já visitamos todas as unidades de saúde e, em uma delas, uma técnica de enfermagem me disse que estava fazendo vaquinha para comer. Isso é algo que ninguém que tenha sensibilidade pode ignorar”, afirmou.

Segundo o secretário, as pendências salariais se devem, em parte, à transição administrativa e à necessidade de organizar a situação financeira do município. Ele reforçou que o prefeito José Ronaldo tem se mostrado comprometido em resolver os atrasos.

“O prefeito tem um histórico de quatro mandatos sem atrasar pagamentos e deixou claro que está sensível à situação. Nosso compromisso é viabilizar, tecnicamente, tudo o que for necessário para regularizar esses pagamentos, mas é preciso seguir os ritos do Direito Administrativo e garantir a disponibilidade financeira”, explicou Rodrigo.

Pendências e desafios

Rodrigo Matos destacou que a atual gestão assumiu em 1º de janeiro e ainda está levantando informações sobre a situação financeira herdada. Ele esclareceu que algumas pendências, como pagamentos referentes a outubro, novembro e outros meses, dependem da finalização do fechamento contábil do exercício de 2024, que ocorrerá até o final de janeiro.

“A gestão anterior teria quitado se houvesse disponibilidade de recursos. Cabe a nós, agora, assumir essa responsabilidade e resolver de forma legal, mas isso demanda tempo”, pontuou.

Sobre os atrasos de pagamentos de clínicas e serviços terceirizados, o secretário destacou que há processos pendentes de verificação e que estão sendo conduzidos com cautela.

“Alguns pagamentos, como os recursos do FAEC, que vêm diretamente do governo federal, dependem de trâmites específicos. Além disso, a mudança de contas bancárias e outros ajustes administrativos acabam atrasando algumas liberações.”

Auditoria e controle dos pagamentos

Questionado sobre a realização de auditorias na pasta, o secretário enfatizou que essa é uma prática obrigatória no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Toda secretaria de Saúde tem uma área de auditoria, que é prevista no organograma e exigida por lei. O que estamos fazendo não é nada além do normal. Todos os pagamentos, sejam eles pretéritos ou correntes, passam por auditorias antes de serem liberados”, afirmou.

Rodrigo Matos ressaltou que essa medida visa garantir maior controle e transparência, além de evitar falhas nos processos administrativos.

“Estamos fortalecendo os processos de fiscalização e gestão de contratos, conforme exige a nova lei de licitações. Isso não é algo que o prefeito ou o secretário queiram, mas sim uma obrigação legal. Nosso objetivo é garantir a eficiência do gasto público e a legalidade em todas as ações”, concluiu.

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