Um acalorado debate ocorreu na Câmara Municipal nesta terça-feira (21), envolvendo o reconhecimento de um projeto de matriz africana como utilidade pública. A discussão expôs divergências entre os vereadores Edvaldo Lima, Emerson Minho e o pastor Valdemir, membros da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O vereador Edvaldo Lima (União Brasil), presidente da CCJ, afirmou não ter assinado o parecer do projeto, alegando desconhecimento de sua tramitação.
“Eu quero só informar que, como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, não assinei esse parecer, senhor presidente. Quem assinou tem que se explicar”, declarou Lima.
Emerson Minho (PP), também membro da CCJ, rebateu as alegações de Edvaldo Lima, acusando-o de intolerância religiosa.
“Ele separa quem é evangélico e quem não é. Para ele, só quem tem direito ao mundo sagrado é quem é evangélico. Todo projeto que vem de matriz africana, o nobre vereador vota contra sem nem olhar. Isso que é segregação, isso que é discriminação”, disse.
Pastor Valdemir, vice-presidente da comissão, confirmou ter assinado o parecer e criticou a postura de Edvaldo Lima.
“O vereador Edvaldo Lima é presidente da comissão, mas ele não é dono da comissão. Ele pode não querer assinar um documento, mas não pode obrigar que os outros membros não assinem e como vice-presidente da comissão, eu assinei porque acredito no respeito entre religiões”, afirmou.
Edvaldo Lima respondeu às críticas, acusando Valdemir de desrespeitar o regimento da comissão.
“Infelizmente, a vossa excelência deveria colocar os pés no chão e botar a sandália da humildade. O senhor assinou certamente dentro de um banheiro, dentro de uma sala escura, pra não enxergar o que estava lendo”, disse. Ele ainda chamou Valdemir de Judas: “Infelizmente, o senhor é um Judas, porque não garante a Bíblia, a palavra de Deus que nos ensina.”
*Com informações do repórter Robson Nascimento
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