Operação da Polícia Federal em Feira contra agiotas, jogo do bicho e milicianos

 

Operação da Polícia Federal em Feira contra agiotas, jogo do bicho e milicianos

Um forte esquema de agiotagem, extorsão, jogo do bicho, máquinas caça níqueis e atuação de milicianos, é alvo de uma mega operação que envolve a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público Estadual e Força Correcional Integrada em Feira de Santana, na manhã dessa quinta-feira (7). A “Operação El Patron” identificou, inclusive, participação de policiais no esquema.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da Polícia Federal, são mais de 200 policiais envolvidos na operação. O objetivo é “desarticular uma estruturada e sofisticada organização criminosa especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana e cidades circunvizinhas”.

Foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, trinta e três mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas, em cumprimento à decisão do Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana.

A investigação teve início após recebimento de ofício encaminhado pelo Ministério Público do estado da Bahia, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo perpetrados na região. Com o aprofundamento das diligências, colheram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico.

Segundo a Polícia Federal, a Receita Federal, em cumprimento à ordem judicial, produziu relatórios apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

Observou-se a participação de três policiais militares do estado da Bahia, os quais integrariam o braço armado do grupo miliciano, cujas atribuições seriam de efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos.

A deflagração da operação contou com o apoio do Comando de Operações Táticas (COT), Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI), do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Estadual (GAECO) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE).

A investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

(Com informações e foto da assessoria de comunicação social da Polícia Federal)

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