A comunidade do futebol está em choque e de luto com a trágica perda de Deon, talentoso atacante do Bahia de Feira que tinha 36 anos de idade. O jogador faleceu de forma repentina após sofrer um mal súbito durante um treino com a equipe.
A morte súbita no esporte é um evento devastador e ocorre de forma rara. De acordo com o médico cardiologista Israel Reis, a incidência desse tipo de ocorrência varia entre 1 em 50.000 e 1 em 100.000 atletas jovens por ano.
“É importante ressaltar que as vítimas geralmente são jovens e aparentemente saudáveis. Embora muitas dessas mortes sejam inexplicáveis, um número significativo delas está relacionado a doenças cardiovasculares subjacentes que não foram diagnosticadas anteriormente”.
Ainda segundo o especialista, tanto para atletas recreativos quanto para atletas de competição, a avaliação médica antes de iniciar qualquer atividade física é fundamental como medida de prevenção. Essa avaliação pode ajudar a identificar possíveis problemas cardíacos que poderiam levar a complicações durante a prática esportiva.
“A maioria dos casos de morte súbita em atletas está relacionada a arritmias malignas, como taquicardia ventricular sustentada ou fibrilação ventricular. As principais causas variam de acordo com a faixa etária. Para atletas com menos de 35 anos, cardiomiopatia hipertrófica, origem anômala de coronária e miocardites são as principais causas. Já para aqueles acima de 35 anos, o infarto agudo do miocárdio é uma das principais causas”.
Israel diz ainda que diante de uma parada cardiorrespiratória, a assistência adequada ao paciente é fundamental para determinar o resultado. “O desfibrilador desempenha um papel crucial nessas situações, sendo considerado o grande herói. Associado a isso, o início imediato das manobras de reanimação é essencial para aumentar as chances de sobrevivência”.
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