Dia do Motorista: profissionais falam dos desafios de exercer a profissão

 


Os motoristas profissionais que circulam diariamente em Feira de Santana relatam uma rotina que inclui o exercício de muita paciência. Nesta segunda-feira (25), quando se celebra o Dia do Motorista, o panorama geral 1  foi às ruas para ouvir as pessoas que circulam pelas vias movimentadas 

Além dos buracos, o engarrafamento desafia a paciência de quem trabalha dirigindo. Para manter tudo em ordem, alguns recorrem para os pensamentos positivos, aos filhos ou apelam para as orações.


Motorista da linha de ônibus, Adailton faz o mesmo trajeto sete vezes por dia. Por volta das 7h, é normal o trânsito estar praticamente parado em Feira, . O trecho que levaria 30 minutos é percorrido em uma hora, segundo ele.



"É parado assim, a gente não anda. Todos os dias é isso aí, a nossa rotina. Já estamos acostumados com esse trânsito. Os passageiros é que se estressam, eu sou tranquilo", afirmou o condutor do ônibus.

Adailton disse que vê com frequência outros motoristas estacionando onde não devem e dirigindo com imprudência. "Se a gente vacilar, a gente bate neles e o culpado vai ser a gente. É muito complicado", afirmou. Para ele, o segredo é fazer uma oração toda vez que sai de casa.


"Peço a Deus que saia com saúde e volte com saúde, que é o mais importante", disse o motorista de ônibus.


A equipe de reportagem do panorama geral 1 também pegou carona com Giovanio Silva, que trabalha há 25 anos como caminhoneiro.


Ele saiu da Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, para levar uma carga de água sanitária para o Cabo de Santo Agostinho.


"Rodo, no máximo, até Salvador, mas pego muito [transporte de mercadoria para] o interior do estado. Pego muita estrada ruim. Mas Deus está no meu caminho e não acontece nada comigo", declarou o caminhoneiro.



Para ele, um dos maiores estresses na rotina como motorista são os buracos, principalmente na parte da noite. "De repente, você caiu em um buraco. Às vezes, não dá para ver", disse.


Pai de três meninas e um menino, o caminhoneiro relatou que a família também se preocupa com a sua rotina de longas horas fora de casa. Ele contou que dorme dentro do caminhão, preferindo o assento do veículo às camas das pousadas que encontra pelo caminho.


"Ficam ligando o tempo todinho 'pai, está onde? Cuidado! Já comeu? Quando for dormir fecha o caminhão. Vai demorar?'. Já me acostumei. Prefiro dormir aqui do que em uma pousada, porque posso perder a hora, não conseguir acordar", disse Giovanio.

Em alusão ao Dia do Motorista, o caminhoneiro entregou qual presente gostaria de receber. "Era pra ser uma folga para a gente, né?", brincou.


Apesar de achar que o que ganha não ser muito diante a alta dos preços para itens de consumo básicos, Giovanio disse que prefere a estrada, por amar viajar.


"Aumenta tanta coisa, mas o dinheiro do motorista é aquele [certo]. Conheço várias pessoas, me sinto bem. Adoro ir para o Sertão, faço muita amizade com o pessoal. Prefiro estar viajando", disse ele.



Para lidar com o estresse, o caminhoneiro não dispensa a pausa após uma longa viagem. "Tomo uma cerveja bem gelada depois que eu paro [de dirigir], o que me relaxa", afirmou.



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