O governador Rui Costa (PT) afirmou, nesta quarta-feira (13), que a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao Progressistas complicará a manutenção da aliança partidária na Bahia. O partido, comandado no estado pelo vice-governador João Leão, mantém uma aliança histórica com os petistas baianos.
“Se isso se materializar, a situação fica muito complicada numa aliança para a chapa majoritária. Não é fácil isso. Ficará muito complicado. Espero que isso não se materialize, mas, se materializando, teremos que discutir alternativas possíveis”, afirmou durante ato de assinatura de ordem de serviço para modernização e construção de novas escolas em Salvador.
O líder baiano defendeu que a chegada de Bolsonaro ao PP “será uma tragédia” para deputados e deputadas do partido na Bahia que pretendem disputar a reeleição no pleito do ano que vem.
“Esse presidente [Bolsonaro] tem mais de 70% de rejeição no Nordeste, quase 80% de rejeição na Bahia. Será difícil até para os parlamentares serem eleitos dentro da sigla, porque o voto do Bolsonaro não se enquadra no perfil dos deputados do PP. Os eleitores de Bolsonaro não votam, a maioria deles, nos parlamentares do PP. Então, eles não ganharão esse voto e podem perder que têm”, disse.
Rui disse ainda que buscará junto com Leão “alternativas”, caso se concretize a ida de Bolsonaro para o Progressistas. O governador informou que senta para conversar com o vice-governador antes de sua viagem internacional, prevista para a próxima sexta-feira (15).
“Não existe rompimento com as pessoas [do PP]. Vamos buscar alternativas para essa situação. Não há nenhum rompimento previsto. Nossa relação continua excepcional com Leão e os deputados do PP. Esse final de semana estive com [Ronaldo] Carletto, na semana passada com outros parlamentares federais e estaduais em agenda, sem nenhum tipo de dificuldade de relacionamento com as pessoas do PP na Bahia”, afirmou o governador.
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