Conheça a história da caixa d'água do Tomba, o reservatório que virou cartão postal de Feira de Santana






Em Londres, os turistas costumam fazer registros no Big Ben, um conhecido símbolo inaugurado em maio de 1959.  Em Paris, é a Torre Eiffel. Já em Feira de Santana, um monumento correspondente e também bastante lembrado nas redes sociais, é a Caixa D'água do Tomba, um reservatório da Embasa, que chama  atenção pela sua arquitetura, que lembra um disco voador.


 

Foto: Reprodução/Redes Sociais
 

Localizado no populoso bairro Tomba, o reservatório foi construído no ano de 1984 como parte do escopo das obras do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Feira de Santana, com uma capacidade para armazenar 3.900 m³ de água.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o historiador e engenheiro aposentado Alpiniano Reis, gerente da da companhia na época da execução das obras, informou que o reservatório elevado, possui cerca de 30m de altura, sendo o segundo maior do Brasil na época de construído.

Foto: Ney Silva/Acorda Cidade

"O reservatório foi construído com 30 metros de altura, sendo 20 metros de fuste, os pilares de sustentação e mais 10 metros da cuba, que é a parte superior do reservatório, cujo formato lembra bem um disco voador. Que eu me lembre na época se não estou enganado, a caixa d'água do Tomba era o segundo maior reservatório elevado do país, ou seja, era este reservatório aqui em Feira de Santana e outro em São Paulo", explicou.

A caixa d’água não tem água

Durante anos, lembra a assessoria de comunicação da Embasa, “o reservatório foi fundamental para o abastecimento do bairro Tomba e entorno, bem como das indústrias do Centro Industrial do Subaé (CIS). Atualmente, ele encontra-se fora de operação, pois já não atende mais ao regime operacional adotado no sistema de abastecimento do município.”

Para Alpiniano, em caso de reativação, será necessário fazer todo um processo de avaliação da estrutura, podendo abastecer apenas os bairros que estão no entorno da caixa d'água.

"Para que se tenha uma possível reativação, é necessário passar por uma avaliação principalmente pelo período que ela está desativada, mas eu penso também que não é uma unidade descartável. A tecnologia existe aí e eu acredito que ela pode entrar em operação, mas isso seria possível com uma certa delimitação, não tem como usar a Caixa d'água do Tomba para toda a cidade. Hoje Feira de Santana se expandiu de uma forma que há muitos bairros distantes. Então o reservatório poderia atender áreas dentro de um raio de até 4km, mas apenas com um estudo técnico, seria possível verificar se existe essa probabilidade", destacou Alpiniano ao Acorda Cidade.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade
 

O projeto

Ainda segundo o historiador, não há como não falar de Feira de Santana, sem falar sobre a Caixa d'água do Tomba. De acordo com Alpiniano Reis, o projetista na época desenvolveu o projeto inspirado em uma Flor de Golfo.

"A captação foi inspirada em uma flor de golfo, acredito que realmente foi uma arte do arquiteto que na época colocou na captação essa flor de Golfo e na parte do reservatório, lembrando um disco voador. Uma arte moderna e realmente ficou muito bonito. Hoje a gente fica feliz porque ver a referência, como um monumento de Feira de Santana, falar da cidade, é mostrar também a caixa de distribuição do reservatório daqui da cidade", concluiu.

Cordel da Caixa D'água e a história de um extraterrestre

E se a Caixa d'água do Tomba é tão conhecida assim, até um cordel foi narrado pelo feirense Uyatã Rayra, que no último dia 24 de agosto, lançou nas plataformas de áudio o single 'Cordel da Caixa D'água'.

Foto: Divulgação

Ao Acorda Cidade, Uyatã contou que entrou no mundo da cultura musical ainda muito cedo quando já escrevia letras de paródias.

"Eu comecei ainda quando era criança, assistia bastante o programa de Silvio Santos e fui aprendendo a fazer as brincadeiras com as músicas, isso eu tinha 11 pra 12 anos de idade. Eu digo que tenho uma grande relação de efetividade com minha cidade, porque eu sei falar sobre Feira de Santana, eu vivo aqui, então é mais fácil, porque é onde estou, onde moro, o que amo. Nesse mais novo projeto que lancei, que é o Cordel Caixa D'água, conta a história de um extraterrestre que acabou desligando o GPS e vindo parar em Feira de Santana, um cara que vai ali dar um rolê pelo centro da cidade, no intuito de encontrar uma peça para substituir a que estava quebrada", disse.

De acordo com Uyatã, o município de Feira de Santana tem se destacado com bons artistas que estão ganhando fama ainda no município e destacou pela valorização cultural que a região tem.

"Feira de Santana passa por um bom momento, e digo no campo da música, eu que trabalho na área de produção cultural, estou vendo bastante artista lançando bons trabalhos. Homenagear Feira de Santana é uma honra para mim, um local onde nasci, me criei, onde moro, e que aqui só me faz o bem. Nosso comércio é muito pujante, além da nossa cultura, que possamos abraçar mais estes segmentos, para que possamos ter uma cidade mais potente, mais genética", concluiu.

Foto: Divulgação

Ouça aqui

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Com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade

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