Infectologista esclarece eficácia da vacina de covid-19


Infectologista esclarece eficácia da vacina de covid-19

A Primeira vacina a ter pedido de uso emergencial feito à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a CoronaVac atingiu uma eficácia de 78% em casos leves, segundo os testes feitos pelo Instituto Butantan na fase 3 da pesquisa. Apesar do índice, considerado bom, o sucesso na erradicação da covid-19 depende de mais fatores.

A médica infectologista Normeide Pedreira, em entrevista ao Portal De Olho na Cidade, destacou que a eficácia não é um quantitativo tão simples de ser explicado.

“A eficácia da vacina que todos queremos é a de 95% a 100%, mas isso varia também em questão de grupo etário. A eficácia da vacina pode variar, inclusive em relação a casos graves e infecção. Isso significa que quem tomar a vacina não vai adoecer na forma grave, mas pode ainda assim, adoecer.”

Esta taxa, anunciada na quinta-feira (7), é referente somente a um recorte do estudo e não corresponde ao índice geral de eficácia, que considera todos os dados da pesquisa e geralmente é usado como principal indicador de resultado de vacinas. Este índice deve ser divulgado na próxima semana.

Segundo a Dr. Normeide, o que acontece é que estamos vivendo uma pandemia, que assumiu proporções diferentes em relação a outras doenças e até entre a população. "Essa doença assumiu uma proporção política, e um pânico diferenciado. A ciência deve tomar conta dos assuntos científicos, e agora a mídia e a população decidiram tomar conta juntos.”, disse a médica. 

Algumas das vacinas incluídas no calendário do PNI (Programa Nacional de Imunização) têm até eficácia geral menores que as de vacinas contra o novo coronavírus já divulgadas, mas que nem por isso deixam de produzir grandes impactos coletivos.

“A gente sabe que o Brasil tem o SUS e tem a rede suplementar de saúde, e isso sempre existiu, o que é incluso nessa rede complementar são as clinicas particulares e etc. Essa rede existe para complementar o SUS, pois o SUS não consegue lidar com tudo sozinho. As clínicas de vacinação particulares existem por conta da fiscalização do governo, ela é regida por normas da Anvisa, e essas doses aplicadas pelo setor privado, virão como um complemento a rede pública.”, disse Normeide.

No domingo (4), o governo indiano aprovou o uso da vacina do laboratório Bharat Biotech, conhecida como Covaxin, assim como do imunizante desenvolvido em parceria pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, que também está sendo produzido na Índia.

No Brasil, clínicas privadas divulgaram no domingo que estão negociando com a Bharat Biotech para compra de 5 milhões de doses da vacina indiana, ainda não aprovada em nenhum outro país além da Índia.

“A rede privada já foi visitar a sede da índia, e estamos esperando ansiosamente pela volta do relatório complementar. Infelizmente ainda não temos previsão de data, nem de valores da vacina. Ainda não foi o momento de compra, estamos na fase de visitas preliminares. Quando se precisa utilizar um quantitativo muito grande de vacinas, é necessário que existam vários laboratórios providenciando a mesma.” Explicou a Médica.

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