Pesquisadores da Ufba encontram óleo em aparelhos digestivos e respiratórios de peixes e mariscos





Pesquisadores da Ufba encontram óleo em aparelhos digestivos e respiratórios de peixes e mariscos



Pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) encontraram presença do óleo que atinge o nordeste do país nos aparelhos digestivos e respiratórios de peixes e mariscos recolhidos em locais atingidos pela substância em Praia do Forte, Itacimirim e Guarajuba.

Os dados da pesquisa foram divulgados nesta quinta-feira (24) pelo professor e pesquisador Francisco Kelmo, diretor do Instituto de Biologia (Ibio) da instituição de ensino, que está à frente do estudo.
O professor contou que 38 animais, incluindo moluscos e crustáceos, foram recolhidos, no último final de semana, para a pesquisa e que todos eles apresentaram óleo no corpo. Outros 12 animais capturados na mesma região ainda estão sendo analisados.

Os pesquisadores dizem que ainda não é possível dizer se a carga é contaminada, porque depende de análises químicas, mas orientam a população a não se alimentar com animais de áreas afetadas pelo óleo, por precaução.

"A gente recomenda à população que evite o consumo de peixes e mariscos vindos, especialmente, das praias que sofreram o impacto pelo óleo. Siri, caranguejo, camarão, polvo, mexilhões, ostras, todos esses animais analisados aqui no instituto e nós detectamos a presença de óleo no interior do corpo desses animais. Nós encontramos peixes também, peixes que continham resíduos de óleo no seu sistema respiratório", disse Kelmo.

"Dependendo da sensibilidade, a pessoa pode ter desde uma pequena reação alérgica, quando em contato direto com a pele, e, no caso de inalação dos vapores, ela pode ter tosse, rouquidão, enjoos e, até mesmo problemas respiratórios, dificuldade para respirar", disse Kelmo.

"No caso de ingestão, todos aqueles sintomas da infecção alimentar. Entretanto, como esses compostos são hidrocarbonetos e tem também metal pesado, nós estamos falando de um óleo cru, isso pode trazer consequências a longo prazo, porque esse material vai ficar armazenado dentro do corpo da pessoa que consumir", completou.

O professor destacou que a pesquisa é feita com a ajuda de alunos de pós-graduação e que o resultado das análises serão encaminhados para o Ibama. "Vamos encaminhar, a partir de amanhã ou depois, os resultados ao Ibama. O que a gente conseguiu constatar já dá uma noção do que está acontecendo, dessa situação de estresse agudo", afirmou.

Fonte: G1
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