Manchas de óleo em praias baianas diminuem; mais de 50 toneladas foram recolhidas




O surgimento de manchas de óleo no litoral da Bahia diminuiu nas últimas 24h, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (15) pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. De acordo o secretário João Carlos Oliveira, não há registro da substância na maioria das praias afetadas pelo problema desde a segunda-feira (14).
 
"A nossa avaliação hoje foi muito positiva, porque a quantidade de óleo que chegou às praias diminuiu sensivelmente, comparando principalmente com sexta-feira [11], que foi um dia crítico. Hoje nós tivemos informações de todo o litoral da Bahia e houve uma diminuição bastante significativa".
 
"Nós fizemos avaliação e os municípios de Conde, Jandaíra e Entre Rios, que é onde
se concentra a maior quantidade de óleo, esses municípios estão com pessoas trabalhando, Corpo de Bombeiros acompanhando, a Defesa Civil, a Petrobras também com contingente na praia. Portanto, essa é uma ação que nós estamos envolvendo todos os seguimentos que estão envolvidos direta e indiretamente nesse desastre ambiental", completou o secretário.
 
No total, 8 cidades e 32 localidades foram contaminadas pela substância em todo o estado, segundo órgãos ambientais e prefeituras. Em um balanço feito pelo G1 com as prefeituras, ao menos três municípios não registraram surgimento do óleo nesta terça-feira. São eles: Salvador, Mata de São João e Jandaíra. Em Conde, que fica a 186 km da capital, ainda há manchas de óleo, mas em menor quantidade.
 
De acordo com o balanço, nos últimos dias, mais de 50 toneladas de óleo foram recolhidas nos quatro municípios. Em Conde, o material ainda não foi pesado, mas, conforme estimativa da prefeitura, a cidade é a que mais foi afetada: com cerca de 30 toneladas. Salvador é o município com menor volume da substância: 37 quilos. Em Mata de São João foram 15 toneladas e Jandaíra teve 8 toneladas.
 
Segundo as prefeituras, o material foi retirado das praias por equipes de limpeza de órgãos municipais, com a ajuda de voluntários em algumas cidades. Sob orientação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), o óleo está sendo armazenado em big bags - sacolas de material resistente para resíduos.
 
Em Salvador, a substância está guardada em um depósito da Empresa de Limpeza Urbana (Limpurb). Conde armazena o material em um espaço provisório, na Secretaria de Obras do município. Em Jandaíra, o óleo está guardado em um terreno no povoado de Coqueiro. Já Mata de São João guarda o material em um alojamento provisório.
 
Até então, as operações de recolhimento do óleo têm sido custeadas pelas prefeituras, com a ajuda de doações de grupos voluntários em algumas cidades. 
 
Manchas de óleo
 
As manchas começaram a chegar no estado em 3 de outubro, quase um mês após o início do problema no país. O último lugar afetado no estado foi um manguezal, no Rio Pojuca, na região de Itacimirim, que fica na cidade de Camaçari, região metropolitana de Salvador.
 
Um grupo com representantes de órgãos ambientais e das prefeituras foi criado para discutir o problema do óleo e pensar em soluções. Na segunda-feira, o Ibama informou que acionou preventivamente o plano de área da Baía de Aratu para proteger a Baía de Todos-os-Santos, em Salvador, das manchas de óleo.
 
Mais de 150 praias já foram afetadas pelo óleo em todo o Nordeste. Há registro em todos os nove estados da região. A Bahia foi o último a ser atingido.
 
Desde o surgimento do óleo na Bahia, o Tamar suspendeu a soltura de filhotes de tartaruga, para preservar os animais que são desovados no estado. Segundo o Projeto, os filhotes correm risco de morte se entrarem em contato com a substância.
 
No dia 10 de outubro, pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) informaram que o óleo que atinge o litoral do Nordeste foi produzido na Venezuela.
 
Apesar da afirmação dos pesquisadores, o governo de Nicolás Maduro nega que a Venezuela é responsável pelo petróleo que atinge as praias do litoral nordestino.
 
As informações são do G1 Bahia.
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