Depois do Réveillon, Boca do Rio pode ser palco de Carnaval fora de época em outubro

Depois de um Réveillon que durou cinco dias, o espaço que recebeu a festa na Boca do Rio pode ganhar mais uma atribuição: além de já ter sido confirmado como palco da próxima virada (2018-2019), a área pode receber, ainda, um Carnaval fora de época.

É isso: enquanto a cidade conta os dias para o início da verdadeira folia momesca – com início oficial no dia 7 de fevereiro, mas com gostinho antecipado com a festa de Iemanjá, no dia 2, e o Fuzuê e o Furdunço nos dias 3 e 4 de fevereiro, respectivamente – a Boca do Rio já vislumbra outro evento de grande porte.

A informação foi divulgada pelo prefeito ACM Neto nesta terça-feira (2), durante uma entrevista coletiva onde fez o balanço do Festival da Virada.

"Empresários já pensaram na realização de um ‘mini’ Carnaval fora de época ali, porque a prefeitura pode pensar na concessão de eventos privados a partir de uma contrapartida para a cidade", afirmou Neto, no Palácio Thomé de Souza.

Embora o prefeito tenha reforçado que ainda não há nenhum evento já confirmado no calendário da prefeitura, de acordo com o presidente da Saltur, Isaac Edington, a proposta é de que a micareta soteropolitana acontecesse em outubro. Desde o ano passado, a prefeitura foi procurada por empresários do Carnaval soteropolitano – um grupo que inclui de donos de blocos a empresários de artistas – com o projeto.

"A ideia desse projeto foi muito bem recebida, a prefeitura gostou muito do projeto e fizemos muitas contribuições. Para tudo ser feito, precisa-se de recurso. Ficamos aguardando os empresários para mobilizar a iniciativa privada e caberá à prefeitura entrar com os serviços públicos", explicou.

A data mais possível, segundo Edington, é a da semana do feriado de 12 de outubro, quando é comemorado o Dia de Nossa Senhora Aparecida. Para o presidente da Saltur, essa é uma data muito ‘interessante’ para o turismo devido à chamada Semana do Saco Cheio, recesso estudantil comum nos estados do Sul e do Sudeste do Brasil.

"São ‘mini’ férias, porque há fluxo de pessoas viajando. A ideia é aproveitar esse período em um final de semana. Seria um evento de um final de semana", adiantou Edington. Este ano, o feriado de 12 de outubro vai se tornar um ‘feriadão’, já que a data cai em uma sexta-feira.

Carnaval em fevereiro

Enquanto isso, as novidades do Carnaval tradicional devem ser anunciadas pela prefeitura já na próxima semana. De acordo com o secretário municipal de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, uma das novidades será a inauguração da Casa do Carnaval, justamente na segunda-feira, 5 de fevereiro, um dia após o Furdunço e dois dias antes da abertura oficial da folia. O museu, que tem curadoria do arquiteto Gringo Cardía (o mesmo responsável pela Casa do Rio Vermelho), ficará na Casa do Fronstispício, na Praça da Sé.

“Vai ser um evento marcante tanto para a festa em si quanto para a cidade, porque acaba se constituindo uma referência e um experimento permanente”. Ainda nesta terça-feira, foram iniciadas as obras de intervenção no entorno do local.

Já o dia 6 de fevereiro, a terça-feira véspera da abertura da festa, ainda não tem programação definida. No ano passado, a terça-feira ganhou o chamado Pipoco – um trio patrocinado pela Skol, que saiu do Morro do Gato em direção ao Farol da Barra. No farol, a programação seguiu com shows no Palco Skol. Participaram artistas como Timbalada, Alok, Saulo, Dênnis Dj e Léo Santana. “Ano passado foi muito interessante, trouxe um público muito intenso. Esse ano, ainda não está confirmado (nenhum evento neste dia), até por termos a festa de Iemanjá na sexta-feira”.

Balanço do Réveillon

O saldo do Festival da Virada, na avaliação do prefeito ACM Neto, não poderia ser mais positivo. Ele acredita que a mudança de local – da Praça Cayru, no Comércio, para a Boca do Rio – foi bem recebida. “Salvador se ressentia da falta de um espaço adequado para a realização de grandes eventos. Consolidamos um novo espaço que pode ser aproveitado para resultar em arrecadação do município. É um ganho para a cidade, um legado que vai além dos cinco dias”.

Neto também não considera que a operação de transporte – cerca de um milhão de pessoas usou o transporte público ao longo dos dias de festa – tenha tido problemas. Para 2019, a prefeitura planeja ampliar a quantidade de linhas de ônibus e de coletivos no entorno do festival. “Deu certo, mas é um ponto para ampliar porque, à medida que aumenta a proporção do evento, é óbvio que mais pessoas serão transportadas e a gente vai garantir essa estrutura”.

Quanto à queima de fogos, o prefeito entende que houve ‘um pouco de prejuízo’ para aqueles que estavam nas áreas mais próximas do palco e nos camarotes. Segundo o prefeito, a situação também acontecia na Praça Cayru e, dessa vez, o alcance dos fogos foi maior – ou seja, mais localidades conseguiram avistá-los.

“No próximo ano, vamos estudar a possibilidade de aumentar um pouco, dentro do possível, colocando barcas para reforçar a visualização de quem está dentro da arena. Mas é importante dizer que a queima de fogos é para a cidade toda, não só para a arena”.

Para o próximo Festival da Virada, a prefeitura estuda também aumentar o número de equipamentos de diversão, como a roda-gigante e a tirolesa, que receberam 45 mil e 3,5 mil pessoas, respectivamente. De acordo com o presidente da Saltur, Isaac Edington, é possível ‘aproveitar’ mais o espaço.

Dessa vez, por exemplo, a organização decidiu não contar com nenhuma atividade na praia ou que estimulasse que as pessoas tomassem banho de mar. Isso deve ser mantido. “Mas podemos fazer algo mais próximo da praia durante o dia, para transformar aqueles cinco dias numa experiência mais bacana”.

Fonte: Correio24hs
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