Manifestação cobra reajuste salarial e denuncia impasse nas negociações com supermercados em Feira

 

Manifestação cobra reajuste salarial e denuncia impasse nas negociações com supermercados em Feira
Foto: Divulgação

Trabalhadores do setor de supermercados realizaram, na manhã desta segunda-feira (22), uma manifestação em frente a uma unidade de uma rede atacadsta em Feira de Santana. O ato foi organizado pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Feira de Santana (Secofs) como forma de pressionar os empregadores diante do impasse nas negociações do reajuste salarial da categoria.

De acordo com o presidente do Secofs, Antônio Cedraz, as tratativas com o setor patronal se arrastam desde o fim do ano passado, sem avanços concretos. Segundo ele, após cinco rodadas de negociação, a única proposta apresentada foi um reajuste de 5%, percentual considerado inaceitável pelos trabalhadores, que reivindicam 10%.

“Já fizemos cinco reuniões e não houve nenhum avanço. Eles chegaram aos 5% e colocaram isso como se fosse a última palavra. A mesa de negociação travou, e não tinha mais como continuar apenas esperando”, afirmou Cedraz.

Durante a manifestação, houve paralisação das atividades em uma unidade, além de ações de advertência em outros supermercados da cidade. O sindicalista explicou que a mobilização ocorre de forma gradual e individual, atingindo diferentes estabelecimentos ao longo dos dias.

“A paralisação vai ser individual. A gente vai fechando um, conscientizando os trabalhadores e partindo para outro. Se quiserem antecipar uma nova reunião, estamos abertos, mas enquanto isso não acontece, os movimentos vão continuar”, destacou.

Cedraz informou ainda que o Secofs representa cerca de 42 mil trabalhadores do comércio e dos supermercados em Feira de Santana, sendo que a negociação atual é específica para o segmento supermercadista. Ele ressaltou que a atividade é mais exigente, com jornadas extensas e propostas de ampliação de horários que geram insatisfação entre os funcionários.

“O supermercado é uma atividade muito pesada. Já trabalham em dois turnos e ainda querem avançar para funcionamento quase integral. Isso afasta as pessoas do convívio familiar e dificulta até a contratação de novos trabalhadores”, disse.

Segundo o presidente do sindicato, a próxima reunião de negociação está marcada para o dia 8 de janeiro e deve contar com representantes das redes de supermercados, do sindicato patronal e advogados. Até lá, novas paralisações e atos de advertência não estão descartados.

“O movimento de hoje foi um aviso. A categoria quer sentir que o sindicato está atuando e sendo ouvido. A mobilização vai depender da adesão dos trabalhadores, mas a luta vai continuar até que haja uma proposta justa”, concluiu Cedraz.

*com informações da repórter Isabel Bomfim

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