
O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira (20), reuniu representantes do poder público, movimentos sociais, artistas e ativistas em uma programação especial no centro de Feira de Santana. O objetivo foi reforçar a importância da data como momento de reflexão, reconhecimento e valorização da população negra.
O secretário de Cultura, Cristiano Lôbo, destacou o simbolismo do 20 de novembro e a necessidade de aprofundar o debate sobre igualdade racial.

“É uma data que nos remete a uma reflexão profunda. A sociedade precisa entender o significado do dia vinte de novembro, as nossas origens, a nossa tradição e o respeito à diversidade. É necessário que exista sensibilidade e diálogo para que não haja mais preconceito, que não haja racismo, que exista união e valorização do povo que faz parte da nossa história”, afirmou.
Entre as atrações culturais, o cantor Gilsam ressaltou o caráter político e social da data, reforçando que a luta contra o racismo continua atual.

“É um momento histórico. Um momento de repensarmos em qual condição sociorracial se encontra a população afro-brasileira. É um dia de denunciar, mas também de anunciar. A sociedade só será democraticamente possível quando povos indígenas e a população negra estiverem representados nos diversos espaços sociais”, disse. Para ele, a data é marcada por “reflexão, luta e valorização daqueles que construíram esta sociedade”.
O diretor de Eventos da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Naron Vasconcelos, explicou que parte da programação prevista precisou ser cancelada devido a problemas técnicos.
“Infelizmente, ontem, por questões técnicas, não conseguimos realizar o que foi publicado. Quinze instituições se inscreveram, mas por volta do meio-dia fomos informados de que não iriam mais participar, resolvemos suspender por conta disso”, declarou.

Naron afirmou que, apesar das dificuldades, o evento seguiu conforme reorganizado.
“Vamos dar prosseguimento a toda a programação. Teremos roda de conversa, apresentações de capoeira, hip hop, bandas de reggae e blocos percussivos. Todos os movimentos foram convidados”, completou.

Representante do Movimento Negro, Aristides Maltez ressaltou que o 20 de novembro ultrapassa o campo da celebração e se firma como data de luta por direitos.
“É uma data de suma importância para toda a população negra. Fala sobre reconhecimento e cidadania. Hoje realizamos a primeira caminhada em nível nacional aqui em Feira de Santana, com café da manhã, caminhada e entrega de balaios nas águas do rio Jacuípe, além de um grande almoço para a população”, destacou.



*Com informações do repórter Rafael Marques
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