Os festejos juninos já passaram, mas as polêmicas continuam em Lamarão, município localizado na microrregião de Serrinha, Bahia. A indignação dos moradores surgiu após a contratação da banda Sela Vaqueira para tocar nos festejos juninos da cidade, no dia 22 de junho, pelo valor de R$ 85 mil. O problema? A mesma banda havia se apresentado em Queimadas, a cerca de 148 km de distância, no dia 24 de março, por pouco mais da metade do preço: R$ 45 mil.
Essa disparidade nos cachês levanta questionamentos sobre a gestão dos
recursos públicos. Dez dias antes dos festejos, a procuradora-geral de Justiça
Ediene Lousado recomendou aos promotores de Justiça que fiscalizassem as
despesas realizadas pelos municípios na organização e promoção das festas
juninas. O objetivo era evitar gastos “em desacordo com os princípios da
legalidade, publicidade, impessoalidade, eficiência e moralidade
administrativa”.
A recomendação ressalta que a utilização de recursos públicos para festas
juninas não deve prejudicar o cumprimento de obrigações constitucionais, como
saúde, educação e saneamento básico. Em tempos de recessão econômica, é
crucial priorizar políticas públicas e garantir a eficiência na aplicação dos
recursos.
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