Um incidente controverso ocorreu na manhã desta quinta-feira (31) durante a sessão da Câmara Municipal de Feira de Santana. Felipe Viana, um cidadão do município, fez uso da tribuna livre para expor suas opiniões, mas sua fala logo se tornou o centro de uma intensa discussão.
Em suas considerações finais, Felipe Viana fez críticas ácidas aos vereadores presentes, referindo-se a eles como "travestidos de moleques". A declaração provocou uma reação acalorada por parte dos vereadores e do público presente, resultando em um tumulto na sessão.
Para entender melhor a situação, conversamos com a presidente da Câmara Municipal, a vereadora Eremita Mota. Segundo ela, a tribuna livre permite que os cidadãos expressem suas opiniões, desde que respeitem a legalidade e representem um segmento relevante da sociedade. Ela afirmou:
"Olha, a tribuna livre, já diz, o nome já diz, tribuna livre. Se ela é livre, a gente tem que, eu procuro ver o quê? A legalidade das pessoas que vêm usar a tribuna. Se pertence a alguma entidade, se tá ligado a algum segmento da sociedade, que a sociedade tem interesse”, pontuou.
Eremita Mota mencionou que, apesar do tom exagerado de Felipe Viana, ele estava ligado ao movimento dos comerciantes de transporte, justificando seu direito de fala na tribuna. Ela também comentou: "Eu acho que ele exagerou realmente na fala, mas ele me pediu uns momentos finais pra ele se desculpar. Porque no calor do discurso dele, quando ele chegou a puxar o nome dos vereadores, e ele puxou o nome de alguns vereadores, não foram todos, mas vamos lá”, disse.
A presidente da Câmara reconheceu que a reação dos vereadores foi intensa e que houve preocupação com possíveis agressões físicas. Eremita Mota explicou:
"E eu fiquei com medo de ter uma agressão, porque foram pra cima do rapaz, eu fiquei com medo até de baterem no rapaz e garantir a fala. Digo, olha, Vossa Excelência não vai falar, garantir a paralisação”, ressaltou.
Eremita Mota também destacou a importância de manter um ambiente respeitoso e civilizado na Casa Legislativa.
"A reação também dos vereadores da casa gera também uma violência, porque foram pra cima do rapaz, tá aí o vídeo, dizendo fale, fale, e se o rapaz não saísse aqui escoltado pelo final, que eu pedi a ele pra sair por aqui, ninguém sabe o que poderia ter acontecido com o rapaz”, afirmou.
O episódio levanta questões sobre o direito de expressão e os limites dessa liberdade em um ambiente político. A discussão destaca a necessidade de se manter um diálogo construtivo entre os cidadãos e os representantes eleitos, mesmo quando as opiniões são divergentes e a paixão está presente. Enquanto a situação permaneceu tensa, o papel das autoridades é crucial para garantir a segurança e a civilidade nas discussões públicas.
0 comentários:
Postar um comentário