VÍDEO: Após tentar esconder casamento, Ju Moraes desabafa: “eu sou gay, eu sou lésbica, eu sou homossexual”

Em meio às manifestações de apoio ao dia da Visibilidade Lésbica, celebrado na última quarta-feira (29), a cantora Ju Moraes abriu o jogo nas redes sociais, e, pela primeira vez, como a própria considerou, falou abertamente sobre sua sexualidade, lésbica.

Por meio do suporte IGTV do Instagram a baiana revelou que não se sentia confortável em expor sua orientação e sua vida privada, por isso evitava falar sobre o assunto.

No depoimento a sambista usou sua voz como forma de protesto e conscientização, falando um pouco sobre sua experiência como lésbica assumida e sobre os perrengues e preconceitos que sofre por conta da sua sexualidade.



O tópico foi tema de uma entrevista da cantora para o bahia.ba. Em conversa com o reportagem, a artista contou que sua sexualidade nunca foi segredo para quem a conhecia, mas que não via necessidade de criar um ‘tópico’ para ela em sua carreira.

“Dentro da minha casa, a minha sexualidade nunca esteve em segundo plano, mas fora dela não vejo por quê isso ser o assunto principal do meu dia a dia, porque a minha profissão é ser cantora”.

Ju, que oficializou sua união com a empresária Thiciana Zaher em maio deste ano em uma cerimônia íntima, ainda comentou sobre o assédio da mídia na vida privada, que só aumentou após o casamento.

“Eu nunca fui de expor minha vida pessoal amorosa ou não. Hoje a exposição virou uma arma de luta, de resistência, mas ainda não me sinto à vontade em usá-la. Sigo a minha vida feliz e muito bem assim”.

Bem posicionada nos assuntos que se propõe a falar nas suas redes sociais e através da sua própria música, Ju Moraes foi questionada pela reportagem sobre o uso da arte como forma de educar a sociedade nas questões que envolve a sexualidade, além da representatividade LGBT na música.

Em meio às polêmicas de pink money, quando um artista se aproveita da causa LGBT para ganhar visualizações (caso Nego do Borel), a baiana acredita que o assunto deve ser explorado “de forma orgânica e verdadeira”, para que realmente signifique algo.

“Claro que por ser um pessoa pública acabamos gerando curiosidade e representatividade. Defenderia sempre a causa LGBT mesmo se eu não fosse gay. Acho que a arte pode sim ser necessária, desde que o discurso seja orgânico e verdadeiro. Eu não me forço a criar sobre isso, porque a minha criatividade e composição são coisas que sempre me vieram naturalmente”.

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