Homem que matou a ex-mulher no Detran premeditou o crime, diz polícia

A Polícia Civil afirmou que o comerciante Jailson Santos Mendonça, de 46 anos, planejou a morte da ex-companheira, a serventuária do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran),  Maridalva da Silva Mendonça, 46, esfaqueada nesta terça-feira (26), na ladeira que dá acesso ao órgão de trânsito, em Pernambués, na capital baiana. 



Jaílson (foto), que está custodiado no Hospital Geral do Estado (HGE), ingeriu veneno para ratos depois de cometer o crime.

A conclusão é do delegado Guilherme Machado, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), baseado em decisões tomadas por Jailson antes de cometer o crime. Apesar do acusado não confirmar, os indícios de que a morte foi planejada estão no fato dele ter feito um bilhete e de providenciar veneno para ingerir logo depois de esfaqueá-la. Jailson foi autuado por feminicídio e será encaminhado para o sistema prisional assim que receber alta médica do HGE.

Em depoimento prestado no hospital, Jailson alegou que morou com a vítima durante dois anos em Muritiba, mas que há dois meses estavam separados. O motivo do fim do relacionamento seriam as brigas motivadas por ciúmes de ambas as partes. “Eles subiram a ladeira juntos. Em determinado ponto Jaílson abriu uma maleta, tirou uma faca, e passou a desferir golpes contra a vítima na região toráxica”, explicou o delegado Guilherme Machado.

 

Seguranças do Detran levaram o comerciante para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde os policiais o encaminharam para o HGE. Ainda em depoimento, Jaílson afirma que levou a maleta porque estava fazendo reparos em um imóvel que o casal teria alugado e seria devolvido ao proprietário. Com ele, foi encontrado também um bilhete com a seguinte frase “Veja o que vocês fizeram no Natal. Mudou tudo. Era diferente. Estava tudo bem eu e Mari. Davi- Antônia- Gegeu-Andreia”.

Segundo testemunhos de pessoas próximas a vítima, Maridalva estava sendo ameaçada nos últimos dias pelo ex-companheiro, mas ela recusou-se a registrar ocorrência em uma unidade policial. Cerca de dez pessoas foram ouvidas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta terça, entre seguranças que fizeram a condução do autor e colegas de trabalho e parentes da vítima.
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